Suprema Insondabilidade
Senhor, como conceber-vos
a grandeza,
se sois ainda insondável
à pequenez?
Vós, que criastes o Universo,
a natureza,
os seres todos, e cada qual
à sua vez?
Que nos mares verdes-azuis,
na profundeza,
vidas várias vós povoastes,
n’ aluvião,
dizei-me, Senhor da vida,
da beleza,
como sentir-vos, Supra Mônada,
n’ amplidão?
Vós, que na flor o néctar colocastes
às falenas,
com o maior cuidado e zelo,
com ardor,
como entender dos arcanos vossos,
às centenas,
se entender-nos longe estamos inda,
com amor?
Ensinai-nos, Suprema Mônada
do Infinito,
como de vós aproximar-nos
em ação?
Será preciso, Pai, Senhor, somente
um grito
à Vossa amorosidade – no pulsar
do coração?!…
Poesia: Dr. Weimar Muniz de Oliveira
Imagem: Frank Mckenna (Unsplash)