Oliver Joseph Lodge

Nascido em 12 de junho de 1851, em Penkhull, Inglaterra, Oliver Joseph Lodge foi um dos mais reputados físicos da época.

Após os 50 anos de idade, Lodge voltou sua atenção para as manifestações psíquicas, tendo dado inestimável testemunho da sobrevivência e da comunicação dos Espíritos.

Em sua obra “Porque eu Creio na Imortalidade Pessoal”, declara ele:

“A prova da identidade pessoal está, assim, grandemente estabelecida, de maneira séria e sistemática, pelo exame crítico dos investigadores e, sobretudo, pelos esforços especiais e inteligentes dos comunicantes do além.

Para mim, a evidência é virtualmente completa, e não tenho nenhuma dúvida da existência e da sobrevivência da personalidade, como não a teria sobre a dedução de qualquer experiência ordinária e normal”

Oliver Joseph Lodge

A importância que o mundo deu à sua penetração pelo campo do espiritualismo e às experiências rigorosamente controladas com que estudou o caso post-mortem do seu filho Raymond, morto em uma trincheira de Flandres logo nos primeiros meses da primeira grande guerra, geraram fortes controvérsias.

O desvio da rota da ciência acadêmica o tornou alvo de vigorosas agressões por parte de seus “colegas” de profissão. Mas ele tinha plena consciência dos riscos que enfrentava.

Marchou para o circo à maneira dos mártires cristãos. Mas foi sobretudo um mártir da ciência. Acusaram-no de ingênuo por aceitar afirmações do seu filho, dando conta da existência de bebidas, cigarros, árvores e casas na vida espiritual.

Era apenas um pai desolado, que se entregava à dor natural da perda, diziam. No entanto, todos os que investigam os problemas do após a morte, sabem que nos planos inferiores do mundo espiritual a semelhança com o plano terreno é notória.

Oliver foi um exemplo vivo de coragem, ao dar testemunho de sua fé. Mas aquela fé consciente, racional e até mesmo exigente, ensinada por Kardec. Não a fé cega, proveniente da submissão medrosa e incondicional a princípios dogmáticos, mas fé que serve ao mesmo tempo de fundamento à religião e à ciência. Esse tipo superior de fé exclui a crendice. Não é uma graça que vem do alto, mas conquista do homem através da evolução.

O personagem em pauta não foi somente um cientista de talento e pai amoroso, foi sobretudo um homem de visão plena e apurado senso crítico, ao desviar sua atenção para pesquisas espirituais, desempenhando o difícil papel de vanguardeiro de um tempo em que Ciência e Religião caminharão juntas pela mesma estrada da vida.

Deixou escritas inúmeras obras, dentre as quais destacamos as seguintes: “Formatura do Homem”, “Raimundo” e “Porque eu Creio na Imortalidade pessoal”.

Photo of author

ABRAME

Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas