Queridos companheiros de jornada deste Planeta.
Peço um pouco de paciência para solicitar a apreciação de vocês sobre algumas reflexões a propósito da epidemia que assolou de forma avassaladora a humanidade, no entanto, entendendo que ela constituiu um planejamento inteligentíssimo do Criador, para correção na rota da nossa caminhada evolutiva, neste planeta de provas e expiações.
Levando-se em conta que ao longo da história a humanidade experimentou diversos flagelos e calamidades, acredito que a Covid 19 não será a última, porquanto ainda não atingimos um grau de evolução em que possamos estar livres dos sofrimentos necessários para desfrutarmos um nível satisfatório de evolução espiritual e moral, condizente com a civilização programada pelo Criador. Ele sempre deseja o melhor para cada um de nós e quer que cada criatura seja plenamente feliz, na maior dimensão possível, para atingir a Plenitude Existencial.
Nesta acepção, dotou-nos de algo extremamente valioso: o livre arbítrio. Assim, deixando-nos a possibilidade de escolhermos o que iremos plantar e cultivar. Consideremos aqui o ensinamento da nossa doutrina, de que o plantio é facultativo, porém, ele nos condiciona sempre a uma colheita. Há ainda mais uma condicionante que poderá influenciar na colheita, que é o modo como iremos cultivar, cuidar ou descuidar da plantação, pois, a partir dessas condutas, poderemos aguardar uma colheita farta, média, sofrível, ou mesmo nada a colher.
É bem verdade que nesse percurso poderemos enfrentar outros imprevistos e condicionantes, como por exemplo as condições climáticas (comentários mais adiante). Nesse ponto de vista, o Evangelho nos esclarece que dependendo de nossas atitudes, poderemos ter como resultado: um por um, um por trinta, um por cinquenta, um por cem ou mais. Dessa forma, o Criador deixa a critério de cada ser a opção de como prefere impulsionar a sua existência terrena, levando-se em conta que a sua escolha fatalmente determinará o tipo de colheita que terá na sua semeadura, ressalvando que todos encarnamos com a finalidade de evoluir, ou seja, semearmos com a finalidade de termos uma extraordinária colheita.
Devemos considerar que vivemos em coletividade, sempre na dependência uns dos outros e, como filhos do mesmo Pai, somos todos irmãos. Nessa condição, a todo momento podemos escolher praticar o Bem ou o Mal. Na primeira hipótese, teremos como resultado o bem em favor dos outros e para nós mesmos; na segunda, pelo contrário, disseminaremos o mal para os outros e, naturalmente, ele retornará para nós mesmos. É a aplicação literal da lei divina de Causa e Efeito.
Ao longo de milênios, nosso Grande Mestre Jesus Cristo vem nos solicitando, insistentemente: “AMAI-VOS UNS AOS OUTROS, COMO EU VOS AMEI”, nos ensinando que devemos exercitar o amor incondicional, a fraternidade, a solidariedade, a caridade, a benevolência e, desse modo, reforçando a máxima: FAÇA AO OUTRO TUDO AQUILO QUE QUERES QUE O OUTRO TE FAÇA”, resultando em outro preceito evangélico que, em qualquer situação, devemos nos colocar na condição do nosso semelhante.
Nos últimos tempos, pudemos constatar que a humanidade não praticava as recomendações do Mestre, imperando todo tipo de mazelas, predominando o mal, com a exacerbação do egoísmo e do individualismo pernicioso que tornou a humanidade perversa, desigual, prevalecendo a dominação de alguns poucos privilegiados sobre os menos aquinhoados pela riqueza, em franco desacordo com a recomendação do Mestre, chegando tal dominação até ao escravagismo de uns sobre os seus semelhantes.
Diante dessa situação, penso que o Criador, em Sua infinita bondade, considerou dar um basta nessa situação e, mais ainda, ofereceu-nos a valiosa oportunidade de refletirmos, meditarmos e buscarmos uma significativa mudança em nossos pensamentos e atitudes, propiciando nos envolvermos em mais atitudes de amor, solidariedade, fraternidade, caridade e benevolência para com os nossos irmãos de humanidade. Percebemos que com essa pandemia o ser humano está mais caridoso, solidário, agindo com muito mais amor, esquecendo-se do egoísmo perverso que estava predominando, do individualismo intolerante, fugindo muito da recomendação divina do Mestre.
Penso que o Criador, com Sua divina sabedoria e bondade celestial, não permitiu que nenhum artefato nuclear fosse arremessado em lugar algum, o que poderia provocar enormes destruições e dizimar parcela do nosso planeta. Preferiu a disseminação do bendito vírus, que está provocando a desencarnação de um número elevado de irmãos, de forma seletiva e global, não deixando de fora nenhum país da face da Terra. Tal fato nos possibilita fazer as necessárias reflexões sobre o que estávamos fazendo até a chegada dessa epidemia e, agora, nos dá a oportunidade ímpar de pensarmos em implantar a necessária reforma íntima, para que possamos buscar e conseguir a almejada Terra de Regeneração, dando cumprimento à rogativa do grande Mestre Jesus: “Amemos uns aos outros”. Assim, possamos ter a esperança de buscarmos dias felizes no nosso orbe.
Tudo isso leva-nos a refletir se não haveria outro meio eficaz e suficiente para que pudéssemos atingir esse estágio de regeneração, sem tantas mortes e sofrimentos daqueles que permanecem na Terra. Entendo que as desencarnações estão previstas nos Planos Divinos, porém, poderiam não estar programados para tal ou qual data, pois elas podem ser adiadas ou antecipadas, em conformidade com a forma de condução pessoal de cada caminheiro na Terra. Por outro lado, os sofrimentos das pessoas que aqui permanecem são ensinamentos dolorosos para que façamos a nossa mudança de roteiro em nossa caminhada evolutiva, para desfrutarmos um pouco desse mundo de regeneração que se aproxima. Assim, acredito que tudo está caminhando de forma adequada nos planos de Deus, afinal, buscaremos o Reino de Deus pelo amor ou pela dor.
De outra parte, neste curto prazo de duração da pandemia, constatamos que houve uma ampla revitalização da natureza. Verificamos que os rios, os lagos e até os mares ficaram mais limpos e isto somente com a diminuição de nossas atividades predatórias e poluentes. Assim, tudo nos leva a repensar nossa maneira de proceder, a fim de evitar que continuemos a depredar a natureza, obra maravilhosa do Criador, que Ele nos concede gratuitamente e, no entanto, nós insistimos em destrui-la, sem imaginarmos as consequências nefastas de nossos procedimentos cotidianos.
Por outro lado, também constatamos que a atual pandemia provoca insuficiência respiratória grave, muitas vezes, levando à morte por falta de ar, ou, sufocação. Isto nos leva a refletir sobre o que a humanidade tem feito para causar a poluição atmosférica e o aquecimento global. Talvez, futuramente, mesmo sem a Covid 19, todos sofreremos com a insuficiência de ar, o que tornará a vida insuportável. Somente para argumentar, nos últimos tempos verificamos que fenômenos climáticos têm ocorrido com muita frequência, resultantes de nossas atitudes inconsequentes. Reflitamos sobre essas questões e mudemos as nossas atitudes e comportamentos para preservarmos a NATUREZA, para que a vida neste nosso planeta possa, enfim, ser plenamente agradável.
Volto a repetir que Deus, na sua infinita bondade, sempre tem enviado Suas mensagens de advertências, de forma velada, suave, para refletirmos e modificarmos nossa maneira de pensar e agir. Entretanto, ante a nossa teimosia, Ele direciona Suas advertências de forma mais veemente, como é o caso do coronavírus que, em verdade, não foi simplesmente uma advertência como medida de saneamento e purificação da humanidade, afinal, muitos estão desencarnando fora da época programada, com a finalidade de receberem novas orientações na outra dimensão e poderem encarnar neste Planeta ou em outro, objetivando oferecer oportunidade de melhoria e evolução em nossa caminhada.
Para tanto, devemos intensificar a nossa fé, na certeza de que o Criador está sempre atento e nunca nos abandona. E, exatamente por nos conhecer profundamente, sabe o que é melhor para cada um de nós. Assim sendo, devemos ter redobrada esperança em dias melhores após a pandemia, para que possamos auferir os benefícios deste mundo de regeneração.
Façamos, com grande fervor, orações para os irmãos que estão desencarnando e para os que estão experimentando grandes sofrimentos aqui no orbe terrestre. Pensemos nas palavras de Emmanuel a Chico Xavier, quando este o questionou, por ocasião de uma dor: Chico, acalme-se, tudo passa, isto também passará. Certamente está pandemia também passará, visto ser a forma divina e educativa que o Criador encontrou para corrigir o roteiro da nossa árdua caminhada evolutiva.
Por falar em orações, lembremos de fazer preces calorosas por todos os nossos irmãos que labutam na “linha de frente” nas unidades de saúde, enfrentando tantas deficiências materiais no trato dos acometidos pela doença.
Do mesmo modo, devemos reverenciar os nossos irmãos da outra dimensão que também estão na “linha de frente” no Mundo Maior, num trabalho incansável de recepcionar os espíritos recém-desencarnados, que chegam completamente desorientados na erraticidade. Eles necessitarão permanecer em locais isolados, até que compreendam a sua nova situação e possam ser encaminhados para o seu completo refazimento e nova encarnação para uma outra caminhada evolutiva, seja em nosso planeta, ou em outro mais adequado ao seu grau de evolução.
Reflitamos e, com muita calma e resignação, prossigamos a nossa caminhada, adotando este lema: RETO PENSAR E CORRETO AGIR. COM IMENSURÁVEL FÉ e, sobretudo IMBATÍVEL ESPERANÇA. Assim agindo, podemos tentar acertar pelas nossas ações, bem como por nossos pensamentos, pois sabemos que podemos influir e contribuir na mudança da psicosfera planetária.
Que Deus no abençoe a todos!
Muita Paz!