A palavra Páscoa vem do aramaico pashã, cujo sentido original é muito discutido. Pode significar saltar. Conforme Êxodo 12:13, Yaweh saltou as casas dos israelitas, porque a verga e as duas ombreiras da porta foram pintadas com o sangue do cordeiro pascal.
No hebraico pesah (pessach) significaria originariamente dança cultual, ou conforme alguns, a passagem do sol pela constelação do carneiro ou da lua pelo seu ponto mais alto.
Em Êxodo, 12:27, a palavra é relacionada com o fato de que Yaweh passou poupando, na noite em que feriu os primogênitos dos egípcios.
Originariamente, o pesah e a festa dos ázimos eram duas festas distintas. A primeira tinha relação com a vida dos nômades, a segunda com a dos agricultores sedentários.
Como ambas as festas caíam na primeira lua cheia da primavera, foram mais tarde unidas, e celebradas em memória do êxodo dos judeus, porque, conforme a tradição, esse se dera na primavera.
Os ritos para a comemoração da Páscoa foram se transformando, ao longo dos anos. Ao tempo de Jesus, a refeição pascal era tomada em grupos de dez a vinte convivas, em casas particulares.
Os cordeiros, para a ceia, eram mortos no Templo, no dia 14 de Nisan,(ou Abib), que corresponde ao nosso mês de abril (talvez dia 6 ou 7), entre 14h30min e 17h, mas comido depois do pôr do sol.
A festa tomou verdadeiramente o caráter de comemoração da libertação do Egito, o que explica os ritos da festa, pela pressa com que os israelitas saíram, o que os obrigou, naquela oportunidade, a usar a massa que estava na masseira, antes que pudesse levedar.
De acordo com os Evangelhos, a prisão, condenação, flagelação e a morte de Cristo coincidiram com a festa em que os judeus comemoravam a libertação do cativeiro egípcio, a sua Páscoa. É por este motivo que, posteriormente, se ligou o episódio da ressurreição de Jesus à Páscoa, tendo a liturgia católica a adotado em seu calendário.