Os gritos que vêm de longe
Falam que é tempo de ir,
Sem alforre, sem mochilas,
Apenas se deve seguir.
Há páginas a serem escritas
Em linhas não demarcadas
E textos em que se adita.
E se adia o que é premente,
Os anseios, qual esporas,
Ferem a mente, ferem a alma,
Gritam que já é hora.
E a força que os agita
Trará vento, chuva e choro
Quando a busca é inaudita.
Somos sombras e somos luz
Mas se pode modular
O espectro, o alcance,
De forma que o nosso olhar
Não venha a perder de vista
Que imagens fantasmagóricas
Nem sempre trazem desdita.
Na dinâmica do percurso,
Não podemos olvidar
Que dínamo da razão,
Seja aqui ou acolá,
Carrega em asas benditas
A coragem de sonhar
Os versos que a alma recita.
Autoria: Telma Maria Santos Machado
Um Ano repleto de saúde, paz, amor (inclusive o autoamor), esperança, discernimento e ação pelo bem.