Chico Xavier – reflexões sobre a importância de sua missão

Chico Xavier nasceu no dia 02/04/1910 na cidade de Pedro Leopoldo/MG e desencarnou no dia 30/06/2002 (aos 92 anos de idade) na cidade de Uberaba/MG. Comemoramos, portanto, a efeméride de seu nascimento no próximo dia 02/04.

Passados 112 anos de seu nascimento, praticamente todos os brasileiros ouviram falar de Chico, leram livros ou assistiram a filmes que tratam da vida e obra do maior médium do século XX. O que poderíamos acrescentar? Talvez trazer algumas reflexões.

Qual era a situação do espiritismo no início do século XX (1910)? Equivaleria a uma planta fincando raízes em um solo seco e pedregoso, tomado de espinhos e dificuldades das mais variadas. Apenas a título de exemplo, lembramos que os Espíritas sofriam perseguições criminais nessa época.

A autenticidade do espiritismo poderia ser comprovada através de outra maneira, a não ser através de um instrumento mediúnico com baixa instrução? Caso Chico Xavier fosse uma pessoa letrada, indubitavelmente seria considerado um farsante. Contudo, como lhe faltava estudo, não conseguiram acusá-lo de ser o mais inteligente e habilidoso farsante da história do planeta Terra. Não por acaso, sua primeira obra foi Parnaso do Além Túmulo,que não possui conteúdo doutrinário relevante, já que são “apenas” cartas psicografadas de grandes poetas e escritores do passado. Exatamente por isso, podemos constatar que a mediunidade manifesta em Chico Xavier era autêntica!

Compreendemos a razão pela qual Chico foi forjado no calor das dificuldades e da dor e não reencarnou em outra família mais abastada ou não foi poupado das dores e sofrimentos? Como imaginar que em um vale de lágrimas e de sombras não ocorreriam ataques pessoais e levianos à Chico Xavier? É verdade que Chico havia sido forjado pelo fogo da dor e do sofrimento desde pequeno, mas é igualmente indubitável que a espiritualidade amiga o amparou e confortou através de reforço de sua coragem, sua paciência e sua resignação (item 7 do capítulo XXVII de O Evangelho Segundo o Espiritismo).

Elevemos nosso pensamento a esse grande Espírita e que ele possa nos inspirar a seguir com fé na vida, apesar de tudo.

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José Luís Luvizetto Terra

Juiz Federal titular da 4° Vara de Passo Fundo. Trabalhador voluntário do CEC Dias da Cruz; facilitador de ESDE e palestrante; co-autor dos livros "Fé na Vida", "Diálogos sobre Ciência e Espiritualidade - A Gênese" e "Pandemia e Espiritismo", todos pela editora da FERGS. Autor da obra "Reflexões sobre as lições dos Mestres de Cidade Esperança - Memórias de um Suicida", publicada em conjunto com a FEB Editora e Editora da FERGS.